SOTI – Serviços de Ortopedia e Traumatologia Integrados

Instabilidade do ombro

O ombro é a articulação de maior mobilidade do corpo humano, por isso vulnerável à luxação (sair do lugar). As instabilidades constituem o segundo grande grupo de queixas relacionadas ao ombro.

O ombro tem uma pequena estabilidade estática e grande estabilidade dinâmica, que  depende da ação de várias estruturas, responsáveis também pela mobilidade. A estabilidade depende de inúmeros fatores: justaposição da cabeça do úmero à glenóide, feita por cápsula, ligamentos e músculos. A estabilidade estática depende, entre outros aspectos, da força de adesão exercida pelo líquido sinovial de complexos ligamentos e alguns obstáculos ósseos. 

Quando a luxação ocorre na infância, geralmente é associada à doença congênita; ocorrendo em adolescente e adulto jovem, costuma ser associado à trauma; em idosos, ao envelhecimento biológico. 

Na história do paciente é importante saber: em que idade ocorreu o primeiro episódio de luxação, como foi (traumático, microtrauma, movimento banal…), a frequência com que ocorrem as luxações, se podem ser provocadas voluntariamente, se há dificuldade para colocar no lugar, entre outros aspectos.

O exame físico é de fundamental importância, em que se verifica se há vestígios de trauma, equimoses, deformidades, alterações musculares. Na inspeção dinâmica ver o arco de movimento do ombro, palpar o local para ver se há deformidades, testar a força, tudo isso comparativo ao membro normal. Também existem testes específicos para avaliar tipo de instabilidade: se anterior, posterior ou multidirecionais.

O tratamento clínico consiste em repouso algumas semanas após luxação, fisioterapias, academias e reforço muscular. Persistindo por mais de 6 meses sem melhora, em alguns casos é orientado tratamento cirúrgico. Porém é uma cirurgia de execução muito elaborada e tem um tempo prolongado para recuperação plena.